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Continuo presa a ti, presa às nossas recordações.

Saber de ti faz-me mal

Queria saber como estavas, o que fazias, queria saber de ti. Mas agora não. Prefiro não ter notícias tuas. Prefiro não saber por onde andas, nem o que fazes. Mesmo sem notícias tuas, já povoas em demasia os meus pensamentos, já estás demasiado presente nos meus dias. Saber de ti é manter-te em mim e isso faz-me mal. Traz de volta as memórias, reacende a saudade e a vontade de te ter.

Não vou perguntar mais por ti.

Se fosse assim era tão mais simples. Não vou perguntar mais por ti e ponto final. Era tão mais simples.

Como é que se convive com alguém que deixou de nos amar, mas que continuamos a amar e por quem sentimos uma amizade, um carinho e uma admiração do tamanho do mundo? Não se convive. Espera-se até que um dia seja possível a convivência. E enquanto esse dia não chega, pergunta-se aos amigos por ti. Vai-se sabendo notícias tuas aqui e ali. Troca-se umas quantas frases pelo messenger de tempos a tempos. E os dias vão passando.

Sistema límbico

Conjunto de estruturas cerebrais situadas na região mediana e profunda do cérebro, que desempenha várias funções específicas em relação à memória e às emoções, além de influenciarem o comportamento humano.

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Edição Círculo de Leitores, 2003

É no sistema límbico que tem início a função psíquica de avaliação dos factos, das situações e dos eventos da vida. Essa avaliação depende sempre de vários elementos, tais como a personalidade do indivíduo, as experiências vividas, as circunstâncias actuais e a envolvente cultural.

Ballone, G.J. - Alterações Imunológicas no Estresse - in PsiqWeb

O meu sistema límbico tomou a decisão que eu deveria começar a escrever este blog. Não o vou contrariar.